terça-feira

Aparece o meganavio da Vale, feito na China a mando do filhote de tucano


É isso aí, companheiros. Essa é a diferença fundamental no processo de gestão pública entre o neoliberalismo do Estado mínimo e o modelo democrático de Estado nacional. No primeiro, é fazer onde for mais barato, com a maior exploração de mão de obra, menores encargos sociais e maior lucro financeiro. É o que sempre defendeu e praticou o PSDB. No segundo, a prioridade é a defesa do processo econômico como fator de planejamento social, com geração de emprego e distribuição de renda e riqueza dentro das fronteiras nacionais. O velho e bom modelo "Getulista/trabalhista" que o FHC disse que queria enterrar definitivamente e virar a página da história, lembram?



Extraído do blog Tijolaço, de Brizola Neto:

A coluna do Ancelmo Gois, ontem, levantou a lebre. Dizia que os cariocas veriam, finalmente, o primeiro dos 12 meganavios encomendados  na China pela Vale-Agnelli. Pensei: pelo menos vamos ver o tamanho do prejuízo que o Agnelli deu ao país, em matéria de emprego e investimentos na nossa indústria naval.

Mas fiquei pensando: será mesmo? Porque o navio, de 365 metros de comprimento (mais de três campos de futebol oficiais) tem um calado de 23 metros, o que não permite sua atracação no Porto do Rio. No Brasil, só em Itaqui (MA), Tubarão e no futuro Porto do Açu.

E a Vale, com aquela culpa no cartório que sente quem sabe que prejudicou o Brasil, tem ficado na calada sobre os navios gigantes.

Aí fui procurar e achei o Blog Mercante e no jornal O Estado do Maranhão as imagens do “Vale Brasil”, com bandeira de Singapura, fazendo testes no litoral de Omã, justamente para onde a Vale vai exportar minério bruto brasileiro para ser beneficiado lá e vendido às aciarias da China.

As fotos foram tiradas por um primo do blogueiro Erik Azevedo  – que faz um trabalho muito bom -  que está trabalhando em um projeto de construção de um grande porto lá  em Omã, para a  operação da Vale.

Ele escreve: “O Vale Brasil é atualmente o maior navio para carga seca em operação na atualidade, com 400 mil toneladas, passando o famoso navio norueguês, que durante décadas manteve a primeira posição, o “Berge Stahl”, de 365 mil toneladas (…)Apesar de ser maior do que o Berge Stahl, eu ainda acho ele mais bonito e impressionante, do que os navios em série da Vale, feitos para levar embora o minério das terras do Brasil.”

É mesmo, Erik,  mesmo para quem acha – e como a gente acha – lindos os grandes navios, essa beleza esvaece quando a gente sabe que é “para levar embora o minério das terras do Brasil”.

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