"Há 48 anos, 13 de março de 1964, o grande comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, com o presidente João Goulart, o Jango, e sua jovem esposa, Maria Teresa. Tempos de luta pelas Reformas de Base, que não se consumaram.
Dezenove dias depois, em 1o. de abril de 1964, um golpe de Estado orquestrado por quase todos os meios de comunicação (que estão aí até hoje), organizações patronais e setores das Forças Armadas, coordenados pelo embaixador norte-americano, Lincoln Gordon, derrubou o presidente eleito democraticamente, rasgou a Constituição e instaurou a ditadura.
Nos 20 anos seguintes, o arbítrio foi a tônica dominante, com perseguições, cassações de mandatos e direitos políticos, tortura e assassinatos dos que ousaram se contrapor à supressão da liberdade e ao terror do Estado.
Vale a lembrança, nestes tempos de Comissão da Verdade, para que a História não seja esquecida e os torturadores e assassinos desmascarados. Não podemos pintar o passado de cor-de-rosa, é fato, mas não podemos também permitir que prevaleça a versão dos ditadores e seus asseclas, garantidos por uma anistia meia-boca, goela abaixo imposta pelo poder ainda dominante e engolida pela covardia política secular."
(Por Cidcancer Gonçalves, em palavras muito bem ditas. Honra-me tê-lo como amigo, um amigo muito querido.)
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