Neste 1º de maio, Adolfo Perez Esquivel chegou a Londres para entregar a carta de sete Prêmios Nobel da Paz dirigida ao primeiro-ministro britânico David Cameron, em que solicitam o atendimento às repetidas resoluções da Assembleia Geral da ONU e de sua Comissão Especial de Descolonização para encontrar, junto com Argentina, uma solução pacífica para a disputa de soberania sobre as Ilhas Falkland/Malvinas.
Junto com as assinaturas intercontinentais de Mairead Corrigan Maguire (Irlanda do Norte), Rigoberta Menchú Tum (Guatemala), Desmond Tutu (África do Sul), Jody Williams (EUA), Shirin Ebadi (Irã), Leymah Gbowee (Libéria) e Adolfo Perez Esquivel (Argentina) o documento contava com a adesão de personalidades como Federico Mayor Zaragoza, ex-presidente da UNESCO, Garzón Baltasar, Eduardo Galeano, Ignacio Ramonet, Nora Cortiñas, deputados, representantes parlamentares de todo o mundo, religiosos, historiadores, advogados, jornalistas, personalidades, artistas, organizações de direitos humanos, etc.
Recusa ao diálogo
Ante a recusa de David Cameron em receber o Prêmio Nobel, Pérez Esquivel deixou o documento nas mãos dos parlamentares britânicos e expressou, em conversa com a imprensa britânica, a preocupação sobre a posição oficial de "não diálogo", explicando que "este não é um iniciativa contra o Governo britânico, mas uma campanha para que o diálogo derrube os muros da intolerância. Uma vez que sempre se pode encontrar alternativas”.
Na parte da tarde, o Prêmio Nobel teve vários encontros com organizações sociais britânicas, com o Parlamento Nacional e terminou sua visita dando uma palestra na Universidade de Londres sobre a situação da Argentina e os seus desafios com a coordenadora do Jubileu Sul, Beverly Keene.
Persistência pela paz
Em 1982, quando se iniciou o conflito armado nas ilhas, o Prêmio Nobel da Paz Argentino, com o casal britânico, Mairead Corrigan Maguire, lançou uma campanha internacional para parar a guerra e salvar vidas em oposição à atitude de ambos os governos.
Esquivel então enviou uma carta à primeira-ministra Margaret Thatcher, juntamente com outras organizações, mas a resposta do Governo britânico foi impedir a entrada do argentino Prêmio Nobel no Reino Unido.
Veja aqui todas as adesões ao documento: http://www.adolfoperezesquivel.org/?p=1562
Por Júlio Rocha
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