quarta-feira

É SEMPRE ASSIM QUANDO A DIREITA CHEGA AO PODER


Um golpe brutal à mídia progressista, aos jornalistas comprometidos com as causas sociais e ao jornalismo progressista da TV Pública, da Rádio Nacional, da TV Senado, das TVs e rádios comunitárias, a jornais como Página 12, está em plena marcha na Argentina.


Lamentavelmente ontem ocorreu mais uma gravíssima violação ao direito de expressão na Argentina de Macri. A Rádio Continental demitiu o renomado jornalista Víctor Hugo Morales, e encerrou abruptamente o seu programa “A Manhã”, no ar há mais de 9 anos, com duração de 4 horas diárias. Victor Hugo estava por completar 50 anos de radialista, 30 dos quais na Rádio Continental, e teria o seu contrato até o fim de 2016. O enfoque do seu programa era de crítica à política neoliberal, com evidências ditatoriais do governo atual, na avalanche de medidas e DNUs (Decretos de Necessidade e Urgência), já no primeiro mês de mandato, pisando sobre a constituição, o Parlamento e as leis trabalhistas.

Foram demitidos deste canal também, outros jornalistas (Cinthia García, do programa 6,7,8), inclusive um humorista (Adrián Stoppelman), comprometidos com a mesma linha crítica ao poder monopolístico dos meios de comunicação representados pelo grupo Clarín (a Globo argentina).

Macri está pagando ao Clarin as promessas pelo financiamento e apoio midiático a sua candidatura.
Os sindicatos já estão organizando paralisações contra este arbítrio, que é antes de tudo, uma caça às bruxas. Já há mais de 8 mil empregados públicos demitidos na Província de Buenos Aires (e a nova governadora, Vidal, decretou fim das paritárias municipais por 6 meses). Entre outras demitiram 2035 no Senado, e 600 no Centro Cultural Kirchner. Inclusive trabalhadores das fábricas de satélites (ARSAT) denunciam demissão e perseguição ideológica.

Neste momento o povo argentino, os trabalhadores, os sindicatos, a juventude organizada, as madres e avós de Plaza de Maio, decidiram lutar para que não haja retrocessos, ocupando ruas e praças, defendendo sua voz, sua visibilidade. Mais de 30 mil foram hoje solidarizar-se com Victor Hugo Morales e defender o cumprimento das leis do país e o direito de expressão.

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