quinta-feira

Brizoleta servirá para capacitação em Passo Fundo


A Prefeitura de Passo Fundo entregou à comunidade o prédio restaurado da antiga Escola Municipal Padre Antônio Vieira, na localidade de Nossa Senhora da Paz. Esta é uma das 5 mil brizoletas construídas durante o governo de Leonel Brizola no Rio Grande do Sul, entre l959 e l962.
Participaram da solenidade o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o prefeito Airton Dipp, Rafael Brizola Marques, sobrinho-neto do ex-governador, além de professores e lideranças políticas.
A escola, com duas salas de aula e uma para administração, começou a funcionar no início da década de 1960 e foi desativada em l990. A instituição recebia alunos da localidade de Nossa Senhora da Paz e dos municípios de Marau e Nicolau Vergueiro. O prédio, tombado como parte do Patrimônio Histórico do Município, estava em ruínas. O projeto de restauração foi coordenado pelos arquitetos Ana Paula Wincker e Marcos Frandoloso. O trabalho realizado preservou as características originais da escola, com investimento de R$ 130 mil.
A prefeitura vai utilizar o local para oferecer à comunidade cursos de capacitação profissional, além de atividades do Departamento de Atendimento da Terceira Idade e do Clube de Mães. Aulas de catequese também serão ministradas na brizoleta. O ministro Carlos Lupi disse que a restauração do prédio representa um resgate histórico do governo de Brizola e vai servir de abrigo para qualificar o trabalhador.
A denominação pela qual são conhecidas hoje as escolas de madeira construídas na administração de Brizola vem de um título do Tesouro do Estado. A espécie de "moeda" gaúcha lançada em 1959 serviu com meio de pagamento dos servidores públicos.

Por meados dos anos 80, na cidade de Viamão, na região metropolitana da capital Porto Alegre, lecionei em uma "Brizoleta" que se localizava no Beco da Barragem, logo abaixo da Lomba do Sabão. Eram realmente escolas muito simples, mas que atendiam as necessidades demandadas na época, final dos anos 50. A genialidade de nosso companheiro engenheiro, estava justamente em conseguir soluções simples que se adaptavam as diversas realidades e atendiam os seus objetivos. As Escolas eram feitas de madeira, com uma planta modelo, pré fabricada, sendo transportada para os mais diversos rincões do Estado. Por carroças, barcos, trem... E justamete por esta mobilidade não houve recando,, várzea, montanha ou campo, que não recebesse uma unidade escolar, dando início a uma revolução educacionista que levou o RS aos melhores índices de alfabetização da América Latina durante muitos anos.

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